sexta-feira, 25 de maio de 2012

Porque viajar?!

Bom Dia, bom dia bom dia....
Hoje graças é sexta feira!!!!!
Aqui em São Luis amanheceu novamente sem buzão...afff mas é isso ai, quem elege governador safado e prefeito pilantra sofre um pouco, claro não foi o meu caso pois eu ODEIO votar. Acho que sinceramente não vale a pena, pois são todos farinha do mesmo saco.
Bom meu objetivo não é falar de politica, a não ser que esteja relacionado com a crise européia, mas com isso não está... #fail

Hoje logo cedo estava lendo um post no blog do André e da Stefane, pela milésima vez...estou lendo novamente desde o começo, este post tem como título: Por que você decidiu ir viajar? ... o texto foi escrito pela Ana Carolina e juro nestes últimos meses nas minhas andanças pelos blogs afora tentando aprender sobre este país que vai ser meu novo lar ( Se Deus quiser, e Ele quer) foi o texto mais perfeito que eu já li.
Ele descreve exatamente o que sinto, o que acho e o que penso sobre este intercambio. Incrível como todos os aventureiros de intercambio pensam da mesma forma. Eu achei que somente eu tinha essa loucura de ansiedade.
 Vou fazer um ctrl C ctrl V aqui para que tenham a oportunidade de ler também, mas não deixem de visitar o blog de onde tirei, pois ele é incrivelmente incrível (http://andreestefane.com).


Texto enviado por e-mail:
Ana Carolina Zortéa Franco
anazortea@gmail.com
Nossa, eu nem comecei a escutar isso ainda mas já me apavoro diante da possibilidade de ter que responder essa questão.
Acho que é inevitável que surjam um mar de hipóteses e clichês a respeito dessa coisa de se tornar um viajante. Tédio, vontade de conhecer novas culturas, curiosidade perante o novo…. ou será que devemos focar mais nas respostas objetivas? Ok, aprender ou aperfeiçoar um novo idioma, adquirir experiência de vida, conhecer um pouco do funcionamento do mercado no exterior, etc etc etc…
Mas, sinceramente, eu acho que o desejo pela vida de intercambista vai muito além dessas questões todas (mesmo que tenha, obviamente, um pouco de todas elas), ao menos é o meu caso. Eu quero viver fora do país desde que eu era criancinha, e nessa época eu juro que quando minhas barbies arrumavam as malas e chegavam do aeroporto eu nem pensava em nada dessas questões práticas, apenas era um desejo, uma coisa que estava sempre presente.
Eu quero viajar por que eu preciso saber como são uma porção de coisas. Particularmente, eu tenho até gostado dessa atual sensação de ir dormir e acordar me despedindo de tudo. E neste tudo, estão os sorrisos conhecidos me acordando de manhã e o café pronto na cozinha. A cama dos meus pais que está ali, 15 passos de mim, e que tudo bem que eu nunca recorra a ela, mas é bom saber que qualquer coisa ela vai estar ali do lado. As fotos sorridentes dos meus amigos de anos coladas por todos os cantos nas paredes, e eles ali, a um táxi de distância. Como será não ter mais tudo isso? Como será que vai ser não ter mais um emprego? Muito menos um emprego com uma sala na rua mais bonita de porto alegre, muito menos na minha área e muito menos ainda com direito a internet liberada e 2 horas de almoço. Como será a estranha sensação de não saber o nome das ruas do caminho da volta pra casa? E meu Deus, como vai ser não ver meu irmão? Que tudo bem que a gente tenha uma vida mega corrida e nem se veja muito, mas eu vou morrer de saudade das noites que a gente combinava de chegar em casa junto e ficar conversando até quase de madrugada e vou me odiar por um dia ter escrito um texto assim falando sobre essa viagem num tom animado. Pra logo depois olhar pra minha futura vista da minha futura janela e pensar o quão maluco é isso tudo e que sim, eu consegui realizar esse desejo e que sim, eu sou a mulher mais sortuda do mundo. E a saudade sempre vai fazer parte, mas o pior é não ter.
Porque vida é tão aborrecida se você só se cerca de coisas aborrecidas e gente aborrecida. Viajar é como contrair um antídoto contra essas monotonias todas. Não é sempre bom, nem será sempre uma maravilha. Acho que até muito pelo contrário, entre as poucas certezas que eu tenho estão as saudades e os medos que vou sentir. Mas isso faz parte, felicidade plácida, acomodada, é o tipo de coisa que eu fugi e pretendo continuar fugindo a vida toda.
Porque eu quero aprender tanta coisa ainda. A administrar tudo, minhas contas, minhas saudades, meus objetivos. A escrever e contar pra todo mundo como foi. A ser contraditório e um dia estar amando ver cair a primeira neve pra no dia seguinte estar querendo remarcar a passagem de volta pra poder passar o ano novo na praia com os amigos.
Eu quero mais é que cada dia seja como uma lição nova, que cada coisa errada venha como aprendizado e que tudo e todos sejam como professores. Quero crescer e mudar muito mais do que eu imaginava um dia poder.
E, parafraseando um grande amigo meu (e também um desses espíritos viajantes) eu quero aprender a fazer pratos de outro país em outro país, quero viver de mochila e câmera, quero aprender a me virar em outro idioma. Quero dizer “eu aprendi” muitas vezes mais…
Esse é o espírito, o que vai acontecer numa viagem como essa ninguém sabe, mas vamos combinar que ninguém sabe o que vai acontecer ficando aqui também. No final, estamos é todos juntos, todos os dias, pagando pra ver.
A diferença é o tamanho da aposta.

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